Fazia um tempo que eu estava pensando nessa coluna para o blog, mas ainda estava definindo formato e pensando em como fazê-la até o presente momento. No entanto uma obra super recente me deixou incontrolávelmente maluca para comentar e essa coluna é o espaço perfeito para isso.
Mas, antes de começar, uma brevíssima explicação: A coluna “outras mídias” vai ser um espaço para comparar adaptações de livros para qualquer outra forma de comunicação, sejam filmes, quadrinhos, séries, comerciais, jogos e seja lá o que for que inventarem.
Dito isso, passo para a primeira obra a ser objeto dessa coluna, que é a minisérie “Alice”, criada e dirigida por Nick Willing e produzida pela emissora Syfy, baseada nos dois livros do Lewis Carroll: “As aventuras de Alice no país das maravilhas” e “Alice atravez do espelho e o que ela encontrou lá”.
OBRA ORIGINAL | OBRA DERIVADA | |
---|---|---|
Capa | ![]() |
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Título | “Alice no País das Maravilhas” e “Alice através do espelho” |
“Alice” |
Autor ou Diretor | Lewis Carroll |
Nick Willing |
Editora ou Estúdio | Domínio Público |
Syfy |
Tipo | Livro | Minisérie |
—
Primeiramente é importante deixar uma coisa bem clara: a minisérie não é, definitivamente, uma simples versão dos livros para a Televisão, não espere uma obra fiel ao original, aliás, por isso eu fiz questão de usar na tabela acima “obra derivada” e não “adaptação”.
A minisérie conta a história de uma Alice, mas não da mesma do livro, trata-se de uma Alice adulta, no mundo atual (que inclusive já leu a obra do Carroll aparentemente) e que atravessa o espelho e vai parar num País das Maravilhas um tanto diferente do descrito no livro.
Ainda assim, embora o roteiro em sí não tenha seguido a linha do livro, o criador fez um ótimo trabalho em utilizar e reler os conceitos e personagens importantes. Temos sim, um chapeleiro, uma lebre de março, as ostras e o carpinteiro, a rainha de cópas, a duquesa, o dodô, a lagarta entre outros seres de Wonderland, eles são os mesmos e diferentes, e definitivamente são todos dignos desse País das Maravilhas mais adulto e moderno.
Aliás, como fã de Alice que eu sou e como adoradora de conceitos acerca de “mundos de sonho” e “mundos de imaginação” acho que a série soube usar muito bem os elementos chave da história e criar algo ao mesmo tempo leal e inovador em relação à obra original. Quero dizer: as coisas que eu queria ver numa história de Alice estão lá, mas ao mesmo tempo a história é completamente nova.
Uma coisa mais para os RPGistas: quem, como eu, é apaixonado por Changeling (especialmente o novo) vai encontrar varios elementos legais que tem tudo a ver com o conceito do jogo, como humanos sendo roubados do mundo real para ter seus sentimentos tomados pelos seres de Wonderland.
Conclusão: Se você gosta de nonsense, se você gosta de Alice, se você gosta de Changeling, ou se você simplesmente gosta de coisas diferentes, vale muito a pena conferir essa obra. Se você não gosta dessas coisas ou se você só quer saber de adaptações estritamente restritas á obra original, definitivamente essa série não é para você.
Da minha parte, assisti ontem e só estou escrevendo essa coluna agora porque não tive tempo antes, então definitivamente a série merece 5 grifos com louvor.
Aos que ficaram curiosos segue um pequeno trailer:
Clique aqui para mais informações sobre a série
Tags: Alice, Alice através do espelho, Alice in Wonderland, Alice Through the Looking Glass, Avaliação, Lewis Carroll, Nick Willing, nonsense, Outras Mídias, série, Syfy
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