Vou começar o post de hoje confessando uma coisa para vocês (talvez vocês já saibam): eu sou um pouco fresca com meus livros de literatura e isso, de certa forma, se estende à minha estante. Por causa disso eu fico um pouco frustrada às vezes com a falta de padrões, e acho uma tristeza quando os livros tem um formato que não faz com que eles se alinhem direito com os demais.

Lombada dos livros “Alice no Pais das Maravilhas” e “Don Quijote de la Mancha” da coleção “Os menores livros do mundo”
Provavelmente por causa disso, eu não sou particularmente fã de “pocket books” (além de normalmente eles terem uma qualidade inferior mesmo), mas eu tenho alguns deles e talvez me sinta um pouco melhor quando tiver uma quantidade suficiente para encher uma prateleira inteira.
De qualquer forma, sempre achei o nome “pocket book”(livro de bolso) inadequado, já que esses livros não cabem em nenhum bolso meu, eles até são menores que o padrão médio, mas “pocket” é um pouco de exagero.
Não seria exagero, no entanto, chamar de livro de bolso os livros da coleção “os menores livros do mundo” (embora eu já tenha visto livrinhos menores). São livros com texto integral e – esses sim – pequenos o suficiente para caber num bolso.

Capas dos livros e uma moeda para vocês terem uma idéia de proporção
A primeira vez que eu vi esses livros foi no Peru (e pelo que sei é de lá mesmo que eles vem), mas a primeira coisa que me veio à cabeça foi a pergunta: será que dá para ler esses livros?
Tendo dois deles comigo posso dizer que a resposta é “depende”. O meu “Alice no país das maravilhas” tem um tamanho de letra razoavelmente grande, e daria para lê-lo sem problemas, embora eu ache um pouco incomodo ficar segurando um livrinho tão pequenino, mas o “Don Quixote” que a Juliana me emprestou para essa review é definitivamente um problema: não é que não dê para ler, até dá, mas o tamanho das letras é MUITO pequeno, tornando o processo todo demasiadamente incomodo.

Comparação do tamanho das letras entre os mini-livros
Caso não tenha dado para perceber na foto acima, é possível encontrar esses livros em vários idiomas, no site oficial dá para ver os vários paises nos quais esses livros estão disponíveis e, escolhendo o país é possível consultar todos os títulos disponíveis naquele idioma.
Os títulos vão de clássicos como “Sonho de uma noite de verão”, “Romeu e Julieta”, “Alice no país das maravilhas” e “O pequeno príncipe” até os desconhecidos, como livros de signos.

Interior dos livros
Devo dizer que as edições são bem feitas: o acabamento é bem bonito, os livros (ao menos os que eu tivesse acesso) são ilustrados e o alice tem até as páginas coloridas. Como todas as obras são exatamente do mesmo tamanho (independente do conteúdo do livro, que às vezes precisa ser expremido, como fica claro na comparação do “Don Quixote” com o “Alice”), estéticamente o efeito final fica muito bonito, especialmente para quem quiser montar uma “mini-biblioteca” e colecionar os títulos (no site da para ver que são vendidas mini estantes para quem quer levar a coleção a sério).

Meu “mini Alice” comparado com meus Alice’s grandões
O mini-livro que eu tenho é o “Alice no país das maravilhas”, e como eu coleciono edições desse livro, achei uma aquisição maravilhosa quando o ganhei de presente, mas, tirando esse livro em epecial, fiquei me perguntando se esses pequenos livros valem a pena. Não sei quanto esses livros custam no Brasil, não achei em nenhuma loja virtual (e não vou perguntar o preço para quem me deu de presente), mas acho difícil usá-los para algo mais que enfeite ou coleções. Parece complicado usar esses livros para a função principal dos livros comuns: a leitura. Não acho que seja muito confortável de segurar e ficar lendo um livrinho tão pequeno (mesmo o “Alice” que tem o texto num tamanho bom).
Então, meu veredito final será de 3 grifos.
Acho que os livros tem muito mérito pelo texto integral e pelo ótimo acabamento, mas não da para dar uma nota muito alta para a edição de um livro que, no final das contas, torna difícil lê-lo.
Tags: Alice, Alice in Wonderland, Don Quixote, Lewis Carroll, Miguel de Cervantes, Os menores livros do mundo
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